SPGL: 45 anos de luta pelos professores e por uma escola de qualidade para todos

Foi no dia 2 de maio de 1974 numa extraordinária Assembleia de Professores que nasceu o maior Sindicato de professores do país, apenas 7 dias após a Revolução de Abril. Tal foi o resultado do trabalho semiclandestino dos grupos de estudos, e de muitos outros ativistas que, acreditando na necessidade da valorização da profissão docente e no imperativo de melhoria da qualidade escola pública, conseguiram desencadear um processo extremamente participado que deu corpo a este nosso Sindicato.
Desde então, o SPGL teve sempre um papel fundamental na luta dos professores, quer do ensino oficial quer do ensino particular e cooperativo, nas suas conquistas, e na construção de uma escola democrática, inclusiva e de qualidade. Recordem-se, a título de exemplo, a valorização salarial (nomeadamente no 1º ciclo, logo nos meses imediatos), a conquista do Estatuto de Carreira Docente, incluindo a equiparação à carreira técnica superior da função pública, o fim da “candidatura” de acesso ao 8º escalão (e seguintes), a recusa da divisão entre as categorias de professor e professor- titular (com Maria de Lurdes Rodrigues). No ensino particular, conquistaram-se direitos laborais importantes, consignados em acordos de trabalho (CCT e acordos de empresa), procurando aproximá-los das condições de trabalho no ensino público. No ensino superior, além da sua democratização, estabeleceram-se as normas para as carreiras e condições de trabalho.
Fiel desde sempre à sua matriz, o SPGL, por si só ou inserido na atividade da FENPROF, procurou sempre intervir em tudo o que diz respeito à Educação, consciente de que só uma Escola de qualidade garante o progresso e o desenvolvimento do país e permite a realização plena da função de professores, educadores e investigadores. Com a Frente Comum e a CGTP-IN tomamos parte ativa na construção de um Portugal socialmente mais justo e mais solidário.
O SPGL orgulha-se do trabalho desenvolvido ao longo destes 45 anos, continuando a afirmar-se como o maior e mais forte sindicato de docentes do país.
Comemoramos 45 anos de trabalho decididos a combater pelos educadores, pelos professores e investigadores, na defesa e aprofundamento dos nossos direitos, particularmente na defesa do ECD, posto em causa pelos últimos governos (e de que a recusa da contagem do tempo de serviço ”roubado” para progressão é o aspeto, de momento, mais relevante), no combate á precariedade, nomeadamente no ensino superior e investigadores, e pela conquista de um CCT que dignifique os docentes do ensino particular e cooperativo Não deixaremos de intervir nas lutas pela melhoria do ensino, em todos os graus, no público e no particular.
A vida democrática do SPGL, manifesta-se por diversas formas, uma das quais - e certamente a mais importante - são os processos eleitorais que, por períodos estatutariamente definidos, conferem legitimidade às direções eleitas. Este é um desses momentos: no dia 16 de Maio decorrem as eleições para os corpos gerentes do SPGL para o quadriénio 2019-2023.
Participe! Vote!