Sócrates
Ainda e sempre Sócrates. Neste caso o José.
Numa fase em que se vão conhecendo algumas das possíveis propostas para o OE2018, ao que parece, com uma significativa redução da carga fiscal sobre o rendimento dos trabalhadores pior remunerados, surge também, finalmente, a acusação ao caso Marquês.
Sócrates, líder do PS e posteriormente Primeiro Ministro, terá sido, porventura, a maior machadada, na nossa história mais recente, aos valores da esquerda e da democracia.
Arvorando-se defensor do socialismo democrático, não aceitando aliás lições nesta matéria, e empossado da legitimidade proveniente da consulta popular, do voto do povo, agiu praticamente sempre em contra-ciclo com os princípios que dizia defender e representar.
O caso Marquês, a provar-se a tese da acusação, com a quantidade e qualidade dos arguidos que produziu, torna-se assim num caso paradigmático do estado de absoluta insanidade e promiscuidade, a todos os níveis, a que a governação do senhor José chegou.
Recordemo-nos que é dele a nomeação de Maria de Lourdes Rodrigues para Ministra da Educação, com consequências tão nefastas para a classe docente e a Escola em geral, que ainda hoje estão bem presentes na Escola Pública Portuguesa.
Ricardo Furtado