Artigo:Sindicato dos Professores da Grande Lisboa exige suspensão dos exames no Ensino Básico

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Sindicato dos Professores da Grande Lisboa (SPGL / membro da FENPROF) exige suspensão dos exames no Ensino Básico

Passado mais de um mês sobre o início do ano letivo, há vários milhares de crianças e jovens que ainda não tiveram qualquer aula. Outros são distribuídos por outras turmas, de qualquer ano de escolaridade, no 1º ciclo, num processo que prejudica uns e outros. Nos restantes ciclos de ensino muitos alunos estão sem uma ou mais disciplinas.

Muitos professores desempregados e muitos alunos sem aulas!

Face ao caótico início de ano letivo torna-se incomportável manter os exames, em especial no ensino básico.

A falta de professores atinge sobretudo as escolas inseridas em Territórios Educativos de Intervenção Prioritária e com contrato de autonomia. Ou seja, atinge sobretudo os que já estão numa situação de desigualdade à partida. Todos são prejudicados, em especial os que estão em anos de exame.

Até ao final do ano letivo dificilmente estes alunos recuperarão, em termos de verdadeiras aprendizagens, o tempo perdido. O tempo das aprendizagens não se compadece com a “compressão” dos conteúdos curriculares. Os alunos necessitam de consolidar os conhecimentos. Dificilmente se recuperam 26 ou mais aulas de Matemática do 9º ano (a título de exemplo) a tempo dos alunos poderem fazer exame este ano

Levar por diante exames nestas circunstâncias é acentuar o absurdo que, por si só, já constitui esta forma de avaliação sobretudo no ensino básico., O tempo destinado à preparação / treino e à execução dos exames pode e deve ser melhor aproveitado no desenvolvimento das aprendizagens.

O SPGL é contrário aos exames no 4º ano de escolaridade, desde a sua instituição. Exames em idades tão precoces só mesmo em Portugal.

Nestas circunstâncias, o SPGL exige a suspensão dos exames em todo o ensino básico, este ano letivo, pelo respeito que as crianças, os jovens e as suas famílias nos devem merecer.

A Direção