Sábias palavras que tanto tardam em ser escutadas!

(…) Francisco tem levantado a voz contra a “globalização da indiferença” perante o sofrimento de famílias que arriscam a vida “em busca de um pouco de paz e dignidade”.

Desta vez foi junto do muro (da vergonha, como tantos outros vergonhosos muros que infelizmente abundam por esse mundo fora) onde milhares de pessoas morreram nos últimos anos a tentar passar do México para o Texas, mas bem podia ter sido em solo europeu, africano ou asiático onde o mesmo drama, escandalosamente, persiste.

O Papa, sabiamente, continua: (…) “o melhor investimento que se pode fazer é nas pessoas, nas famílias”, e (…) para “os jovens que estão expostos à falta de oportunidades de estudo ou de trabalho sustentável” é muito fácil “cair no ciclo do narcotráfico e da violência”.

Sofrendo de grave (crónica?) surdez continua o velho continente.

E como (desculpem, o ditado popular não é este…) o maior surdo é o que não quer ouvir, líderes da União Europeia continuam sem se entender quanto à entrada e recolocação de refugiados. E a fazer ouvidos moucos.

Uma vergonha!

Manuel Micaelo