Artigo:Notícia do dia: Chumbos e desistências tiveram quebra generalizada no último ano Lectivo

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Taxa fixou-se nos 3,3% no fim do 1º ciclo, mas chega aos 21% no Ensino Secundário, revelou o MEC

O “Público” de 1 de Julho, na página 15, a propósito de uma nota do MEC, titula “Chumbos e desistências tiveram queda generalizada no último ano lectivo”. O texto, que pode ser parcialmente lido mais abaixo, merece alguns comentários. Antes de mais, os professores e educadores trabalham para o sucesso dos seus alunos e, portanto, a redução dos insucessos alegram-nos. Registe-se porém que o números dos “chumbos” e abandonos continua elevadíssimo: 11,6% no 2º ciclo, 14,9% no 3º ciclo e de 21% no secundário (contando aqui apenas os inscritos nos cursos científico-humanísticos). O MEC alega (com que base?) que esta queda” se deve às medidas implementadas nesta legislatura”. Esquece que a diminuição do número de chumbos e retenções, a que não é alheio o trabalho competente dos docentes, é uma tendência dos últimos anos e não apenas desta legislatura.

Melhores resultados ter-se-iam obtido se o MEC de Nuno Crato não tivesse reduzido brutalmente o número de docentes: só no chamado “não superior”o número de docentes nestes últimos 4 anos decresceu em cerca de 40000 (proporcionalmente muito mais do que a diminuição do número de alunos).

A escola pública – nomeadamente os seus professores e educadores - tem de continuar a orientar-se pela redução radical do número de chumbos e retenções, que o Conselho Nacional de Educação definiu como “a situação mais grave do sistema de ensino em Portugal”. Mas esta diminuição tem de assentar numa real melhoria das aprendizagens e não em “jogadas estatísticas” ou facilitismos inapropriados. Uma escola pública de qualidade tem de ser uma escola de sucesso para alunos e professores, alicerçada também na elevada qualidade das aprendizagens que proporciona.


"Chumbos e desistências tiveram quebra generalizada no último ano Lectivo

Taxa fixou-se nos 3,3% no fim do 1º ciclo, mas chega aos 21% no Ensino Secundário, revelou o MEC

O número de estudantes que chumbaram ou desistiram da escola teve, no último ano letivo, uma queda generalizada. De acordo com dados revelados ontem pelo Ministério da Educação e Ciência (MEC), tendo por base estatísticas oficiais, a taxa da retenção e desistência teve de quebras em 2013/2014 que variaram entre os 3,3% e os 0,5%. A tendência foi comum a todos os níveis de ensino.

Os melhores resultados são conseguidos nos anos de escolaridade mais baixos. No 4º ano, a taxa de retenção e desistência ficou-se pelos 3,3%, uma redução de mais de 1,5 pontos percentuais em relação aos dados relativos ao ano lectivo de 2012/2013 o que faz deste o valor mais baixo de sempre deste indicador no final do1º ciclo. Também no 6º ano, o valor dos chumbos recuou 3,1 pontos percentuais face ao ano anterior. Esta taxa fixa-se agora em 11,6%.

Num comunicado divulgado ontem, o MEC argumenta que a melhoria dos indicadores de aproveitamento dos estudantes se deve às medidas implementadas nesta legislatura, elencando como exemplos a possibilidade de os alunos terem um apoio adicional em qualquer momento do ano lectivo e o período de acompanhamento extraordinário que existe após serem conhecidos os resultados da 1ª fase das provas finais dos 4º e 6º anos.(…) A taxa de retenção recuou 0,8 pontos percentuais no 3º ciclo (é agora de 14,9%). No ensino secundário, a melhoria é 0,5 pontos percentuais. A taxa de retenção e abandono – que diz respeito apenas aos cursos cientifico-humanísticos – foi, em 2013/2014, de 21% (…)."

Fonte: O “Público” de 1 de Julho