Artigo:Google, Amazon, BE e Código Laboral

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Google, Amazon, BE e Código Laboral

Ou, como os despedimentos colectivos, as imposições unilaterais de regimes laborais, as insolvências com fins pouco nobres ou as Lei-Off fictícias podem, esses sim, desviar as atenções dos potenciais interessados em investir em Portugal.

Os gigantes mundiais das tecnologias, e outros grandes investidores, não estarão com certeza focados nas facilidades em despedir trabalhadores, na precariedade dos contratos de trabalho ou nos quinhentos e poucos euros de salário mínimo que se pratica no nosso País, quando decidem instalar-se entre nós.

Pesará, sem dúvida muito mais, a existência ou não de mão-de-obra qualificada, capaz de oferecer os níveis de exigência que essas novas profissões reclamam. Desregulação selvática das relações sócio-laborais encontram infelizmente, de mão beijada, noutras paragens deste conturbado Planeta.

Ainda assim, alguns miserabilistas bem colocados no mundo político e empresarial nacional opinaram, em vários órgãos de comunicação social, que deveríamos oferecer em Davos "flexibilidade laboral" para nos tornarmos apetecíveis ao investimento estrangeiro. Não conseguem querer mais para os Portugueses ou entendem que não merecemos mais. Em Davos, todos teríamos a ganhar se oferecêssemos qualidade, competência e conhecimento, como bem fez, aliás, o nosso Primeiro Ministro.

Em Davos, e para o mundo, devemos sempre enaltecer e promover a qualificação da nossa mão-de-obra e não a precariedade e os baixos salários, por isso urge mudar o paradigma que ultimamente tem norteado as políticas do trabalho em Portugal. Como afirma o Bloco, há que fazê-lo já, nesta legislatura e com esta maioria parlamentar.

Ricardo Furtado