Artigo:Eleições Legislativas | 10 de março 2024 - Encontros e Debates com os partidos

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Eleições Legislativas | 10 de março 2024

Encontros e Debates com os partidos

José Feliciano Costa
Presidente da Direção Central do SPGL

Docentes e investigadores querem respostas, que permitam estabilizar, valorizar e dignificar a profissão
docente no quadro de uma Escola Pública de Qualidade, Democrática, Inclusiva e Solidária

Os encontros com os partidos, numa ronda ainda não concluída e os dois debates promovidos pela FENPROF, o primeiro sobre as questões do ensino não superior, em 2 de fevereiro, e o segundo sobre as questões do ensino superior e da investigação, no dia 9 de fevereiro, permitiram já muitos esclarecimentos e continuam a colocar na agenda as questões da Educação. Aliás, não existe memória de uma pré-campanha eleitoral em que as questões da educação, nomeadamente a recuperação do tempo de serviço, tivessem tanto destaque como nesta, resultado da luta desenvolvida pelos professores.

O primeiro momento destes encontros com os partidos foram as reuniões (Livre, PAN, BE e PCP), que permitiram clarificar as razões da nossa luta. “Por que Lutam os professores” foi o mote. 

Nestas reuniões, a FENPROF explicitou as razões de uma luta já longa e que, apesar de desgastante, não tem desmotivado os professores que dizem claramente que não pararão de lutar. Não desistem de lutar pela valorização da sua profissão e por um investimento adequado na Educação, que garanta que as escolas possam dar as respostas que lhes são exigidas.

Ao longo desta ronda de reuniões os partidos foram, mais uma vez, informados que professores não aceitam esta clara opção política de subfinanciamento do setor que é já crónica e que coloca em causa a Escola Pública, impedindo a melhoria das condições de trabalho dos docentes e a melhoria das aprendizagens dos alunos. 

Milhares de professores abandonam precocemente a profissão, porque esta não lhes dá as condições de trabalho e a segurança necessária para iniciar um projeto de vida. Os jovens que concluem o Ensino Secundário não procuram os cursos de formação de docentes e os mais velhos, na grande maioria exaustos e desencantados, anseiam pelo momento da aposentação. 

Os partidos com quem nos reunimos, ouviram, registaram e levaram dali muita informação para os seus programas eleitorais, afinal essa era também a nossa intenção.

No segundo momento, com os debates, já foi possível ouvir dos partidos, as linhas gerais do que pretendem para a Educação e Ciência. O objetivo foi colocar os partidos políticos a falar sobre as suas propostas para a educação e a confrontar ideias.

No debate de dia 2 de fevereiro, com a presença de centenas de pessoas, presencialmente e online, com os representantes de BE, IL, LIVRE, PAN, PCP, PS e PSD, discutiu-se o futuro da Educação e foram apresentadas diversas propostas para a valorização da Escola Pública e dos seus profissionais. 

O debate de 9 de fevereiro, teve como objetivo conhecer as políticas que os partidos se propõem levar a cabo na próxima legislatura para resolver os principais problemas que afetam o Ensino Superior e da Investigação científica (ESI), nomeadamente o combate à precariedade laboral, a valorização das carreiras e a recuperação da vida democrática nas instituições. Estiveram presentes representantes do BE, IL, LIVRE, PAN, PCP, PS e PSD.

O JF [www.fenprof.pt/jf-314-fevereiro-2024], recentemente publicado, reúne um conjunto de respostas dos partidos políticos a um conjunto de perguntas, para as quais os docentes e investigadores querem respostas, que permitam estabilizar, valorizar e dignificar a profissão docente no quadro de uma Escola Pública de Qualidade, Democrática, Inclusiva e Solidária.

Texto original publicado no Escola/Informação n.º 307 | jan./fev. 2024