É o Mário pá!

Atendendo ao PIB e ao fim do Procedimento por Défice Excessivo, mas também aos pagamentos antecipados ao FMI, ao crescimento do Emprego, ao maior equilíbrio da Balança Comercial e à diminuição dos Juros sobre os empréstimos do Estado, e apesar das Cativações e da crescente Dívida Externa, do aumento da instabilidade socio-laboral e da penosa situação financeira vivida na Saúde e na Educação, entre outros, o “nosso” Mário chegou, finalmente, à liderança do Eurogrupo.

Como o Ronaldo, não nos esqueçamos da alfinetada bafienta e mal intencionada do alemão, só lhe foi atribuído o prémio porque marcou os golos na baliza certa, atendendo às regras do jogo da Europa.

Continuará em alta se mantiver intocável as PPP, os pagamentos antecipados, as rendas na Energia, as Leis do Código do Trabalho, os baixos salários, enfim, se continuar, à ponta de lança, a saber dar o último toque com perfeição.

Por outro lado, numa abordagem completamente diferente, pode não ser nada disto e Centeno, o homem de leme na economia desta solução governativa nacional, poderá representar e personificar uma abordagem inovadora, até visionária, em contraciclo com a ortodoxia económica Europeia, de enfrentar os problemas dos países em dificuldade, a prazo todos, de uma forma alternativa e menos penalizadora do nível de vida das populações.

Se Centeno conseguir compatibilizar Mercados, com a voragem especulativa que os caracteriza e define, e saúde financeira dos países em geral, com reflexos na qualidade de vida das pessoas, em geral, Centeno será um Génio.

De certeza, esta eleição de Mário Centeno para Presidente do Eurogrupo, cativa, amarra e compromete Portugal à estratégia económica Europeia, às metas, para o bem ou para o mal.

Ricardo Furtado