Crise nuclear: quando um erro pode levar a um cataclismo
É um dos temas que merece estar na capa do “Público” de hoje, 5 de setembro, tema depois desenvolvido entre as páginas 2 e 6.
A espiral de provocações travadas entre americanos e norte-coreanos está a ser conduzida a patamares muito perigosos para a paz mundial. Jerónimo de Sousa no seu discurso na Festa do Avante acusou o imperialismo norte americano como responsável por esta espiral diabólica. O comportamento imperialista dos Estados Unidos é historicamente indiscutível e torna-se particularmente perigoso quando tão grande potência tem como presidente um Donald Trump. Mas Jerónimo de Sousa não podia ignorar a (grande) parte da responsabilidade que cabe à Coreia do Norte, um regime indefensável chefiado por alguém que não se recomenda…
Em entrevista a uma televisão no dia seguinte (4 de setembro), o líder comunista corrigiu o tiro, demarcando-se claramente do regime norte coreano (pelo menos, nesta matéria) e condenando o seu comportamento.
De facto, contrariamente ao que muitos tentam fazer passar, esta perigosíssima crise não tem apenas um culpado. Tem pelo menos dois. A paz mundial não pode estar refém de dois (aparentemente) loucos.
António Avelãs