Artigo:Concentração frente à residência do Primeiro Ministro, um testemunho de Vítor Miranda

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Activistas, delegados e dirigentes sindicais da FENPROF concentraram-se, na manhã de 3 de Maio, junto à residência oficial do Primeiro Ministro, para, uma vez mais, contestarem a consideração da avaliação nos concursos, tendo em conta as graves injustiças que tal acarreta. Uma delegação dirigida por Mário Nogueira entregou a um assessor do Primeiro Ministro um documento em que a FENPROF sintetiza as razões da sua contestação.

Sobre esta acção de protesto, Vítor Miranda, dirigente sindical e professor do 2º ciclo, de Português e História, dá um breve testemunho:

“Foi uma iniciativa para denunciar a forma como esta avaliação está a entrar nos concursos para nível de graduação. Estávamos bastantes pessoas, dentro daquilo que era expectável. A maior parte dos professores contratados não puderam comparecer porque estavam nas escolas. Eu próprio tive que faltar à última da hora, avisando na escola.

De qualquer modo, daqui resulta mais uma iniciativa para denunciar toda esta situação de injustiça, pela forma como estão a decorrer estes concursos e a forma como a avaliação está a ser inserida, gerando as maiores disparidades e discrepâncias entre as pessoas que estiveram a leccionar, que estiveram a dar aulas, que foram avaliadas, nos vários e diversos moldes. E que vai ter consequências daqui para a frente. Vai ter consequências graves na própria colocação dos professores.

Não se esperava que fosse uma grande acção de rua, obviamente. Era mais uma chamada de atenção. Tarde, mas se calhar no momento em que seria possível. Porque neste momento, em que já estamos na fase de aperfeiçoamento da candidatura, torna-se tudo muito complicado, até porque as pessoas já sentem algum desespero. Com este ano a correr assim, para o ano, aquilo que se adivinha será uma tendência de as pessoas pedirem uma avaliação completa para – se isto for para a frente – não serem uma vez mais ultrapassadas por outros colegas.

Penso que foi uma iniciativa útil. Conseguiu-se ter ali um conjunto de pessoas que estiveram a demonstrar a sua capacidade de luta e de se revoltarem contra um sistema que é injusto.

Agora, daqui para a frente, precisamos de ser mais.“