A Inteligência Artificial e o Trabalho
Num artigo informativo, um pouco alarmante, da última Visão especula-se sobre a interferência da IA no mundo do trabalho.
Sophia, essa inesperada cidadã Saudita, anunciou no Web Summit de Lisboa que a IA nos irá retirar o emprego.
Não deixa de ser curioso que, numa altura em que por todo o lado se luta pela, note-se, restituição de alguns direitos dos trabalhadores, dos Professores aos Médicos e Enfermeiros, passando pelos Polícias e pela Auto-Europa, uma criação Humana venha por em causa, em grande escala, a existência de trabalho para a maioria das pessoas, levando até, segundo o artigo, ao surgimento de uma nova classe social, os Inúteis.
Andra Keay, directora da Silicon Valley Robotics, em entrevista à Renascença, defendeu a tributação das empresas de Robótica e opinou que estamos a caminho de "um mundo facilitado pelas tecnologias ou esvaziado por elas, está na mão do Ser Humano escolher a versão que vai ter".
No seu entender a Estupidez artificial é bem mais perigosa que a IA.
Artificial e pouco inteligente seria a espécie humana criar as condições tecnológicas para a sua própria destruição.
Politicamente, a artificialidade da inteligência dos nossos decisores iniciou já a desestabilização das relações sociais, que, aliás, nunca foi plenamente atingida nas civilizações ditas evoluídas.
Ricardo Furtado