Artigo:A Economia não é um fim em si mesma! Deve contribuir para o bem-estar das pessoas e para a justiça social

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A Economia não é um fim em si mesma! Deve contribuir para o bem-estar das pessoas e para a justiça social


O título (longo) que dou a esta pequena crónica remete para as notícias do jornal “Público” de hoje (26 de março, págs 2,3 e editorial) e para a entrevista de Teodora Cardoso dada ontem a uma das televisões. Diz-nos o diário que o peso dos salários da função pública  no orçamento tem vindo a descer sucessivamente, atingindo níveis mínimos de há quase 30 anos. Diz Teodora Cardoso que o Estado poupará uma média de 170 milhões de euros por ano, durante os próximos anos, com a substituição dos que se aposentam por novas entradas com salários mais baixos.
Com estes dados não há razão nenhuma para roubar tempo de serviço aos professores e educadores, tanto mais que estes profissionais aceitam a diluição do impacto financeiro desta recuperação pelos próximos 5 anos (!).  Trata-se no fundo de repor a normalidade, ultrapassada uma situação de anormalidade.
Como não há qualquer justificação para que não se regresse á normalidade de aumentos salariais anuais.
Uma economia “solidificada” á custa dos direitos dos cidadãos é incompatível com um governo que diz pôr as pessoas em primeiro lugar. Uma economia “boa” à custa dos direitos de quem trabalha é uma mentira social.

António Avelãs