Artigo:FENPROF entregou dossiê ao ME com propostas para iniciar, desde já, negociações

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FENPROF entregou dossiê ao ME com propostas para iniciar, desde já, negociações

"Uma reunião positiva, que abre expetativas, mas não deve criar ilusões" - foi assim que o Secretário Geral da FENPROF caraterizou o primeiro encontro com a nova equipa do Ministério da Educação, realizado esta manhã nas instalações da "5 de Outubro", em Lisboa, com a presença do ministro Tiago Brandão Rodrigues.

Integraram a delegação sindical: Mário Nogueira (Secretário Geral da FENPROF), José Alberto Marques (SPGL), Abel Macedo (SPN), Anabela Sotaia (SPRC), Manuel Nobre (SPZS), Francisco Oliveira (SPM) e António Lucas (SPRA).

À saída da reunião, em declarações à comunicação social, o Secretário Geral da FENPROF afirmou que as expetativas saíram reforçadas deste encontro, na sequência do discurso do titular da pasta, do Programa do Governo, do acordo existente na atual maioria parlamentar e das decisões entretanto já tomadas na Assembleia da República na área da Educação.

"Um novo tempo, uma nova maioria"

Mário Nogueira referiu que o país vive "um novo tempo e uma nova maioria", destacando que, além da abertura ao diálogo, a equipa de Tiago Rodrigues está consciente de que "é necessário resolver problemas", no quadro de uma negociação que arrancará brevemente. Nesse sentido, ficaram previstas reuniões, a realizar ainda este mês de dezembro, com a secretária de Estado Adjunta e da Educação e com o Secretário de Estado da Educação.

"Entregámos um dossiê ao  ministro da Educação", revelou o dirigente sindical, apontando, a título de exemplo, matérias como a municipalização ("os processos de descentralização não podem pôr em causa a capacidade de decisão das escolas, de ordem pedagógica e curricular"),  os concursos  ("a atual equipa ministerial pareceu reconhecer que as BCE nada resolvem e só atrapalham..."), os horários e condições de trabalho nas escolas. "Na última década a classe docente foi muito massacrada", lembrou Mário Nogueira.

Respondendo a várias questões colocadas pelos jornalistas, o Secretário Geral da FENPROF referiu, a propósito dos exames, que a Federação "quer também apresentar os seus contributos para um modelo de aferição"  que não seja uma recauchutagem do que são hoje os exames e, noutra passagem, destacou que há da parte do Ministério um reconhecimento da grave situação que se vive no ensino artístico especializado, prevendo-se que brevemente possam ser desbloqueadas verbas para fazer face ao problema que hoje se vive com vários meses de salário em atraso. Sobre esta matéria, a FENPROF manterá o pré-aviso de greve para o mês de janeiro, que servirá essencialmente para justificar as faltas dos professores que já não tenham condições financeiras para se deslocarem. A regularização  dos salários permitirá o levantamento deste pré-aviso, que será entregue à AEEP e à Ensemble.
/ LL e JPO   / Peça em atualização

ver Declarações de Mário Nogueira à imprensa